quarta-feira, 12 de setembro de 2012

PROPOSTAS PRÁTICAS PARA O TRABALHO COM CRIANÇAS DE SEIS ANOS DE IDADE


A seguir algumas propostas práticas para o trabalho com crianças de seis anos de idade, observando que estas propostas estão de acordo com as orientações do ministério da educação. O trabalho inclui as linguagens diversas sempre em uma perspectiva multidisciplinar, com o jogo, as artes plásticas, as brincadeiras e o imaginário.
 
  • A caixa alta deve ser uma forma de apresentar a letra. Substitua-a assim que a criança já conseguir reconhecê-la.

  • A letra cursiva é uma seqüência da caixa alta. Demora um pouco para ela estar firme. Tenha calma.

  • Não priorize a grafia neste momento. Priorize o pensamento lingüístico. Pense no texto e não na frase ou na palavra.

  • Corrija, sim, a produção das crianças. Deixar erros nos materiais é negligência. Agora, faça isto de uma forma participativa, pouco traumática. Há várias técnicas de apontar um erro. Escolha a mais pedagógica.

  • Contar histórias faz a criança acompanhar o processo de leitura e escrita e ajuda a perceber a importância do ato.  Ajuda também na percepção da oralidade.

  • A troca de sons, como P e B é normal no início do processo. Mostre as diferentes grafias delas e vá apresentando sempre as diferenças até que a criança perceba a forma correta.

  • A separação das palavras é um problema que pode aparecer. Quando isto acontecer, leia com a criança, para que ela perceba que há uma junção.

  • Os dígrafos são dificuldades que as crianças demoram muito a superá-las. Aguarde uns dois ou três anos de escolarização para que isto aconteça.

  • Não produza nenhum texto com as crianças sem fazer uma contextualização. Isto é incondicional.
 
  • Depois da produção vem à correção que pode ser feita em conjunto ou individualmente.

  • Depois da correção por parte do aluno, o professor pode fazer uma correção coletiva para que todos possam acompanhar o processo na íntegra. Reestruturação textual é sempre mais interessante na coletividade.
 
  • A letra espelhada aparece normalmente quando a criança não teve um trabalho suficiente de reconhecimento do alfabeto. Refaça o processo, pois só assim isto poderá ser melhorado.
 
  • Para ajudar o processo de superação da letra espelhada, trabalhe com formas geométricas, ampliações e redução de figuras e lateralidade esquerda, direita, em cima, embaixo. Isto também ajudará enormemente a superação da letra espelhada.
 
  • A coordenação motora ampla dá origem à coordenação motora fina, portanto, para que a criança tenha um bom traço, trabalhe da ampla para fina com atividades sempre alternadas.

  • O traço no processo de alfabetização também é secundário. É preferível muito mais que a criança compreenda o que está lendo, critique e interfira no processo de leitura do que simplesmente copiar, reproduzir a escrita, não reconhecendo nada. Se tiver de fazer uma opção, faça a opção pelo primeiro.

  • Algumas crianças já chegam à escola sabendo escrever o nome próprio e algumas palavras. Avalie qual a qualidade dessa possível leitura e escrita e parta dali para continuar o processo de alfabetização e letramento.
                            
  • O isolamento de uma sílaba ou de uma letra deve  ser fruto de    uma  conversa ou de uma contextualização.  (ALMEIDA, 2008, p.35 à p.39)

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Pedagoga com habilitação em educação especial, pós-graduação em educação infantil, orientação educacional e pedagógica.Monografias: "Metodologia Teacch", "Teoria e Prática Construtivista" e "A Alfabetização e a Orientação Pedagógica". Cursos específicos na área de autismo: Metodologia Teacch e ABA. Experiência em educação infantil, ensino fundamental e em instituição para crianças com autismo. E o mais importante! Professora com muito orgulho! Se passar neste blog, deixe o seu recadinho! Beijos Karla