A seguir algumas propostas práticas
para o trabalho com crianças de seis anos de idade, observando que estas
propostas estão de acordo com as orientações do ministério da educação. O
trabalho inclui as linguagens diversas sempre em uma perspectiva multidisciplinar,
com o jogo, as artes plásticas, as brincadeiras e o imaginário.
- A caixa alta deve ser uma forma de apresentar a letra. Substitua-a assim que a criança já conseguir reconhecê-la.
- A letra cursiva é uma seqüência da caixa alta. Demora um pouco para ela estar firme. Tenha calma.
- Não priorize a grafia neste momento. Priorize o pensamento lingüístico. Pense no texto e não na frase ou na palavra.
- Corrija, sim, a produção das crianças. Deixar erros nos materiais é negligência. Agora, faça isto de uma forma participativa, pouco traumática. Há várias técnicas de apontar um erro. Escolha a mais pedagógica.
- Contar histórias faz a criança acompanhar o processo de leitura e escrita e ajuda a perceber a importância do ato. Ajuda também na percepção da oralidade.
- A troca de sons, como P e B é normal no início do processo. Mostre as diferentes grafias delas e vá apresentando sempre as diferenças até que a criança perceba a forma correta.
- A separação das palavras é um problema que pode aparecer. Quando isto acontecer, leia com a criança, para que ela perceba que há uma junção.
- Os dígrafos são dificuldades que as crianças demoram muito a superá-las. Aguarde uns dois ou três anos de escolarização para que isto aconteça.
- Não produza nenhum texto com as crianças sem fazer uma contextualização. Isto é incondicional.
- Depois da produção vem à correção que pode ser feita em conjunto ou individualmente.
- Depois da correção por parte do aluno, o professor pode fazer uma correção coletiva para que todos possam acompanhar o processo na íntegra. Reestruturação textual é sempre mais interessante na coletividade.
- A letra espelhada aparece normalmente quando a criança não teve um trabalho suficiente de reconhecimento do alfabeto. Refaça o processo, pois só assim isto poderá ser melhorado.
- Para ajudar o processo de superação da letra espelhada, trabalhe com formas geométricas, ampliações e redução de figuras e lateralidade esquerda, direita, em cima, embaixo. Isto também ajudará enormemente a superação da letra espelhada.
- A coordenação motora ampla dá origem à coordenação motora fina, portanto, para que a criança tenha um bom traço, trabalhe da ampla para fina com atividades sempre alternadas.
- O traço no processo de alfabetização também é secundário. É preferível muito mais que a criança compreenda o que está lendo, critique e interfira no processo de leitura do que simplesmente copiar, reproduzir a escrita, não reconhecendo nada. Se tiver de fazer uma opção, faça a opção pelo primeiro.
- Algumas crianças já
chegam à escola sabendo escrever o nome próprio e algumas palavras. Avalie qual
a qualidade dessa possível leitura e escrita e parta dali para continuar o
processo de alfabetização e letramento.
- O isolamento de uma
sílaba ou de uma letra deve ser fruto de uma conversa ou de uma
contextualização. (ALMEIDA, 2008, p.35 à p.39)
Nenhum comentário:
Postar um comentário